quarta-feira, 30 de abril de 2008

Estréia do Sons do Brejo

O Grupo Artesanal, mediando às ações do projeto Sons do Brejo, apresenta à cidade de Bananeiras e seus distritos a música instrumental e as expressões populares produzidas pelos artistas paraibanos.

Todos os meses, a partir de Maio até Setembro, o projeto reúne músicos em torno da arte: o popular local e o instrumental clássico.

Que seria reunir a Lapinha de Jesus de Nazaré com a Orquestra Paraíba Pop? E Quinteto Brassil com Ciranda do Sol? Experimentos musicais como estes pautam as ações do grupo.

Escolhendo como cenário a cidade de Bananeiras, não esquecendo dos distritos de Roma, Vila Maia, Tabuleiro, Chá de Lindolfo e Jaracatiá, o Sons do Brejo pretende, ainda, mobilizar o processo de revitalização do centro histórico desta cidade e distritos.

Serão duas apresentações mensais de grupos populares. Uma apresentação mensal dos artistas convidados. Em cada mês, uma oficina na área de música, além de debates locais sobre cultura e desenvolvimento.

Com o Sons do Brejo, o Grupo Artesanal reforça suas ações de difusão cultural, promovendo a circulação mensal de música instrumental e cultura popular, no centro histórico de Bananeiras e distritos. O Grupo acredita que, com a promoção do projeto e, por ele, pela produção artística e para todos, a mobilização dos diversos setores sociais é capaz de promover o desenvolvimento regional.

Convergência de artes
Promover a cultura e a arte. Com esse objetivo, surge, em 1977, o Grupo Artesanal, composto por agentes culturais engajados, jornalistas, atores e educadores. As principais ações do grupo são as publicações da editora Marca de Fantasia, o Bloco Cafuçu e as produções cinematográficas, fotográficas e teatrais.

A editora Marca de Fantasia, inicialmente um projeto editorial para o fanzine “Top! Top!”, surge em 1995, atualizando-se em editora independente. Atualmente há cerca de 60 publicações da editora, a exemplo da “Coleção Quiosque”, série de livros de bolso com ensaios sobre quadrinhos e cultura pop.

A produção e organização do Bloco Cafuçu configura outra ação bem sucedida do Grupo Artesanal. O Cafuçu - agremiação carnavalesca integrante do Projeto Folia de Rua - desde 1990 promove o resgate do carnaval de rua tomando como cenário o Centro Histórico de João Pessoa.

Outras atividades culturais realizadas pelo Cafuçu são o “Santo Antônio Cafuçu”, como parte dos festejos juninos da cidade de João Pessoa, e o irreverente “Baile do Cafuçu”, no qual são eleitos os Rei e Rainha do bloco. Exposições fotográficas, lançamentos de filmes e espetáculos teatrais também são realizados pelo bloco.

Para maio:
A estréia do Sons do Brejo acontece no dia 02 de maio, no distrito de Roma, PB. No dia 03 o Sons do Brejo vai para Bananeiras. No Cruzeiro de Roma e no prédio do antigo cinema da cidade se apresentam a Orquestra Parahyba Pop, a Lapinha Jesus de Nazaré e a Filarmônica de Bananeiras.

Filmes produzidos por cineastas paraibanos serão exibidos antes das apresentações musicais. Em cartaz na estréia do Sons do Brejo está O Senhor de Engenho, filme produzido pelo Grupo Artesanal, com direção de Bertrand Lira. As mostras começam às dezoito horas.

Orquestra Parahyba Pop - A Orquestra Parahyba Pop abre o ciclo de eventos produzidos pelo projeto Sons do Brejo.

A orquestra, composta por dezoito músicos, resgata o estilo das Big Bands norte-americanas da década de 20. O repertório, contudo, mescla elementos populares e da MPB. O maestro e compositor Rogério Borges rege a Parahyba Pop.

Lapinha Jesus de Nazaré - “Eu, José Maciel de Souza, coordenador da Lapinha Jesus de Nazaré, declaro que esta lapinha tem fundadores, mas não tem data de fundação”.

Na lapinha, as pastoras formam duas alas, uma puxada pelo Anjo e outra pelo Guia, com a Cigana atrás, entre as duas, e dançam e cantam anunciando suas jornadas. Animando o cordão encarnado e o azul estão os rapazes, que tocam o violão, o cavaquinho e o pandeiro.

Filarmônica de Bananeiras – Todos os meses, desde maio até setembro, a banda de Música Lira dos Artistas, da cidade de Bananeiras, fará uma apresentação.

A banda, criada em 1997 pela prefeitura municipal da cidade, é composta por 48 músicos, e dirigida pelo Maestro José Roberto Gonçalves Fernandes.

Além das apresentações, a banda mantém uma escola de música, atualmente com 30 alunos.

Para junho:
No mês de São João, o Sons do Brejo apresenta o Quarteto de Trombones da Paraíba e a Orquestra Filarmônica de Bananeiras. No dia 06, as apresentações acontecem no distrito de Vila Maia, e no dia 07, no antigo cinema de Bananeiras. Filmes antecedem as apresentações musicais, sempre às 18 horas.

Quarteto de Trombones da Paraíba – Com dois CDs lançados, o ‘4 + Uns’, de 1996, e o ‘Paraquedista’, de 2000, o Quarteto inova na música quando agrega estilos musicais diversos, além do repertório tradicional dos quartetos de trombones.

O Quarteto de Trombones da Paraíba é formado pelos músicos pelos músicos Sandoval Moreno, Gilvando Pereira, Roberto Ângelo e Rogério Lima, todos professores do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba.

O conjunto tira o trombone de sua posição coadjuvante e o coloca na frente da cena. No repertório, além de composições de mestres do trombone brasileiro, ouvem-se frevo, o samba, o maxixe e o chorinho.

Para julho:
Em julho, nos dias 04 e 05, a música fica por conta da Orquestra de Câmara Parahybrass e da Ciranda do Sol. As apresentações acontecem no distrito Chá de Lindolfo, dia 04, e em Bananeiras, no dia 05. Filmes serão exibidos antes das apresentações.

Grupo de Câmara Parahybrass - O grupo foi formado com o intuito de resgatar e divulgar a identidade nordestina, a qual vem sendo deturpada pela industria cultural. O Parahybrass apresenta uma diversidade de ritmos nordestinos, como o caboclinho, a toada, o xote e o baião.

Parahybrass traz em seu nome a junção do nome Parahyba, antigo nome da cidade João Pessoa, e dos metais, brass, em inglês. O grupo é regido pelo compositor e trompetista Rogério Borges.

Ciranda do Sol – Cultura popular preservada pelo Mestre Cirandeiro, ou Mané Baixinho como ele é mais conhecido. A Ciranda do Sol mostra a preocupação em preservar a cultura na identidade coletiva.

Originária do bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa, Paraíba, a Ciranda do Sol é formada por Mané Baixinho, que lidera o grupo, e Tina, na zabumba, Maria Cirandeira, no ganzá e João do Boi, no tarol.

Para agosto:
No dia 01 de agosto, o distrito de Tabuleiro recebe, o grupo JPsax e o Mestre João do Boi. No dia 02, o Sons do Brejo apresenta as atrações em Bananeiras. O cinema está garantido antes das apresentações, com produções de cineastas paraibanos.

Mestre João do Boi – O Cavalo Marinho Infantil do Mestre João do Boi é o único grupo dessa natureza existente em João Pessoa, PB. Possui cerca de trinta anos e cerca de vinte “brincantes”, com faixa etária que varia entre cinco e doze anos.

Os músicos compõem a orquestra do folguedo. É composta por caixa, pandeiro, reco (reco-reco), triângulo e cavaquinho.

JPSax - Formado em 1994, o JPSax está ligado ao Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba, Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Orquestra Sinfônica da Paraíba. O grupo é bastante premiado e tem experiência de longa data em participação em festivais de música.

Com três CDs produzidos, o JPSax é formado por João Leite Ferreira (sax soprano), José de Arimatéia F. Veríssimo (sax alto, clarinete), Rivaldo de Araújo Dias (sax tenor), Heleno Feitosa Costa Filho (sax barítono, flauta), Xisto Medeiros de Sousa (contrabaixo), Hélio Giovanni Medeiros da Silva (teclados) e Gledson Meira (bateria).

Para setembro:
E em setembro, encerrando a primeira temporada do Sons do Brejo, apresentam-se o Quarteto Brassil e o Maestro Mamulengo. Nos dias 05, no distrito de Jaracatiá, e dia 06, no cinema de Bananeiras. Antecedendo os grupos musicais, haverá a exibição de filmes de artistas paraibanos, sempre às dezoito horas.

Mestre Mamulengo – Toda a beleza de histórias contadas por fantoches estão nas mãos do Mestre Mamulengo. Suas histórias, bem típicas de contos de vaqueiros e de situações corriqueiras do cotidiano sertanejo, desenrolam-se por meio dos personagens mamulengos, com os quais o Mestre brinca tão bem.

Brinca no sentido lúdico, do jogo, e porque ele mesmo assim fala de suas histórias. São brincadeiras jogadas por um jovem senhor e seus mamulengos. O Mestre, que mora em Bananeiras e é um dos únicos a brincar de mamulengo no Nordeste, traz a magia do teatro de bonecos para o brejo paraibano.

Brassil – O grupo Brassil está formado por professores do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba e é o conjunto de metais e percussão brasileiro com maior repercussão internacional. O nome é um trocadilho do nome inglês brass (metal) com o nome Brasil.

Desta integração do universo acadêmico e das “Filarmônicas” do interior brasileiro, apóia-se o repertório do Brassil, resultado de pesquisa pioneira da música brasileira para metais, compilando, editando e interpretando música folclórica, popular, erudita e obras originais contemporâneas.

O Quinteto BRASSIL possui quatro CDs gravados. Seus integrantes são músicos engajados com a pesquisa musical. Ayrton Benck, Cisneiro Andrade, Gláucio Xavier, Radegundis Feitosa e Valmir Vieira integram o quinteto.

Para mais informações:
Diógenes de Luna – Assessor de Imprensa do projeto Sons do Brejo
Mtb 2666 – DRT/PB – (83) 8884.3596 - diogenesdeluna@gmail.com

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